quinta-feira, 8 de abril de 2010
* Lado C
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* Lado B
Fábio, escrevo para registrar a minha concordância com a sua resposta à carta de Frederico “Cedê” Silva. Sou, porém, um pouco mais entusiasta: Lula é, de longe, o melhor presidente da história do Brasil. Apesar de minha análise positiva, nada me impede de ser um contundente crítico a algumas decisões deste governo, tais como a manutenção de uma política macroeconômica de juros altos e, principalmente, o medo de nosso presidente em democratizar a comunicação e desafiar à concentração midiática brasileira. Mesmo tendo sido eleito duas vezes contrariando os interesses de Globo, Folha, Abril e cia, nosso presidente insiste em crer que, para seu próprio bem, precisa passar a mão na cabeça do PIG, para usar a denominação de Paulo Henrique Amorim. Mas ano que vem, tenho a certeza, Lula sairá do Governo deixando um país muito melhor do que o encontrou: com maior distribuição de renda, menos desigualdade social, mais universidades públicas, muito mais investimento em pesquisas científicas, mais hospitais públicos, mais investigação contra a corrupção, mais eletricidade, mais produção cultural, uma Petrobrás mais forte! Creio, porém, que se tem um setor do governo que não pode, em hipótese nenhuma, deixar de ser reconhecido é exatamente a política externa, comandada por esse senhor de inteligência fora do comum, Celso Amorim. Não fossem as criticadas viagens internacionais de Lula e Amorim, que abriram tantos mercados, certamente não seríamos apontados como o país que menos sofreu com a crise econômica mundial. Foi a visão estratégica de Lula e Amorim que permitiu que o Brasil saísse da dependência econômica aos EUA, tão defendida por FHC como meio para desenvolver o país. Ao manter relações com China, países da África, União Européia e sobretudo com nossos vizinhos latinos, Lula definitivamente possibilitou entendermos quão importante é a nossa soberania! Quanto à Cuba, Honduras, Venezuela e etc, não deveria gastar muita energia com alguém que defende um golpe semelhante ao que fez a América Latina sangrar por tantas décadas. Um golpe simplesmente porque o presidente de Honduras resolveu perguntar ao povo, em plebiscito, se era momento de aprovar uma nova Constituição, seguir um novo caminho. Vou apenas recomendar ao Sr Cedê que leia o livro A Ilha, do grande escritor Fernando Morais, para entender que o povo cubano tomou, com algumas décadas de antecedência, a decisão que vários países latino-americanos estão tomando recentemente: sair da dependência e seguir um caminho próprio! Se esse senhor se desse ao trabalho de visitar Cuba, poderia se perguntar que ditadura é essa em que os opositores do regime gritam abertamente nos bares palavras de baixo calão contra os irmãos Castro, sem qualquer represália. Poderia discutir ainda a essência dos direitos humanos e quem de fato o defende: um país pequeno que não deixa nenhum de seus filhos morrer de fome ou um império que patrocina a existência de fome em todo o mundo, além de fabricar guerras constantemente? Léo Rodrigues (11ºJ)
. editor postou às 21:02 2 comentários
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