Ostentar um bigode bem cuidado na noite de São Paulo é a mais nova modinha entre os garotos indies
LUANA VILLAC
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Bigode para você é:
a) Coisa de novela de época ou mexicana.
b) Algo que o seu avô usa.
c) Mais uma nova tendência da moda urbana.
Se você respondeu a ou b, saiba que o bom e velho bigode está voltando a fazer a cabeça dos jovens e, portanto, a alternativa c está corretíssima.
O estudante Masayoshi Bernardo Ninomiya, 18, é um dos adeptos do adereço. "Uso para fazer um estilo", conta. "Como pareço mais velho com ele, eu me sinto mais estiloso."
Masayoshi reconhece que os amigos o perturbam bastante devido à escolha do visual, mas ele garante que não se incomoda. "Já estou acostumado."
Já o caso de Leandro Bevilacqua, 25, é o oposto. Ostentando o bigode há mais de um ano, às vezes fica enjoado do look, mas os amigos fazem torcida para ele não raspar. "Eles dizem que agora já faz parte de mim", explica. Para atender aos amigos e não se cansar do espelho, Leandro procura variar com freqüência o tipo de desenho do buço. "Já tive mais curtinho, mais perto do queixo, grande e espesso, enfim, vou experimentando."Para o rapaz, o acessório faz uma grande diferença em sua imagem. "Minha presença fica mais forte com ele."
Sem preconceito
Roderico Souza, 23, está há três meses em São Paulo, e há dois deixou a lâmina de barbear de lado e exibe orgulhoso seu bigode.
"Tentei deixar crescer quando morava em Salvador, minha cidade, mas as pessoas me zoavam muito e diziam que parecia coisa de tio", relembra. A experiência na Bahia durou duas semanas. Na capital paulista, Roderico acredita que o preconceito em relação ao bigode é menor. "Aqui as pessoas têm mais liberdade para se expressar, a moda é mais versátil."
Para o soteropolitano, a aceitação do bigode depende do meio. "Tem gente que acha que é cafona, tem gente que adora -acho que tudo depende do nível de educação visual de cada um", teoriza.
Gilberto França, 26, sempre foi partidário dos pêlos acima dos lábios. "Às vezes enjôo, mas nunca tiro totalmente, acho que combina comigo."
Na hora dos cuidados, ele prefere fazer tudo em casa. "Aparo freqüentemente e, quando vou discotecar na noite, passo uma pomada nas pontas e as viro para fora."
A inspiração para o visual veio dos anos 70. "Adoro a estética daquela época -aquele cabelo com franja, a figura do bigode...", esclarece. "Até os móveis da minha casa têm essa referência anos 70."
O bigodudo Falcon Vieira de Morais, 21, se inspirou no galã Johnny Depp, que, desde o filme "Piratas do Caribe", tem chamado atenção para o charme do bigode. "Achei que o estilo batia com o meu e adotei."
A consultora de moda Bia Kawasaki acredita que o retorno dos bigodes à moda urbana deve-se ao foco das coleções primavera-verão 2009 no mundo latino. "Houve um clima de rumba no ar em quase todos os desfiles internacionais, e no Brasil não poderia ter sido diferente", esclarece.
"Outro ponto importante é que os jovens já estão sintonizados com essa tendência sul-americana e espanhola há alguns anos: os cabelos estão mais compridos e mais ousados no quesito cores e tonalidades", avalia.
O estudante Masayoshi Bernardo Ninomiya, 18, é um dos adeptos do adereço. "Uso para fazer um estilo", conta. "Como pareço mais velho com ele, eu me sinto mais estiloso."
Masayoshi reconhece que os amigos o perturbam bastante devido à escolha do visual, mas ele garante que não se incomoda. "Já estou acostumado."
Já o caso de Leandro Bevilacqua, 25, é o oposto. Ostentando o bigode há mais de um ano, às vezes fica enjoado do look, mas os amigos fazem torcida para ele não raspar. "Eles dizem que agora já faz parte de mim", explica. Para atender aos amigos e não se cansar do espelho, Leandro procura variar com freqüência o tipo de desenho do buço. "Já tive mais curtinho, mais perto do queixo, grande e espesso, enfim, vou experimentando."Para o rapaz, o acessório faz uma grande diferença em sua imagem. "Minha presença fica mais forte com ele."
Sem preconceito
Roderico Souza, 23, está há três meses em São Paulo, e há dois deixou a lâmina de barbear de lado e exibe orgulhoso seu bigode.
"Tentei deixar crescer quando morava em Salvador, minha cidade, mas as pessoas me zoavam muito e diziam que parecia coisa de tio", relembra. A experiência na Bahia durou duas semanas. Na capital paulista, Roderico acredita que o preconceito em relação ao bigode é menor. "Aqui as pessoas têm mais liberdade para se expressar, a moda é mais versátil."
Para o soteropolitano, a aceitação do bigode depende do meio. "Tem gente que acha que é cafona, tem gente que adora -acho que tudo depende do nível de educação visual de cada um", teoriza.
Gilberto França, 26, sempre foi partidário dos pêlos acima dos lábios. "Às vezes enjôo, mas nunca tiro totalmente, acho que combina comigo."
Na hora dos cuidados, ele prefere fazer tudo em casa. "Aparo freqüentemente e, quando vou discotecar na noite, passo uma pomada nas pontas e as viro para fora."
A inspiração para o visual veio dos anos 70. "Adoro a estética daquela época -aquele cabelo com franja, a figura do bigode...", esclarece. "Até os móveis da minha casa têm essa referência anos 70."
O bigodudo Falcon Vieira de Morais, 21, se inspirou no galã Johnny Depp, que, desde o filme "Piratas do Caribe", tem chamado atenção para o charme do bigode. "Achei que o estilo batia com o meu e adotei."
A consultora de moda Bia Kawasaki acredita que o retorno dos bigodes à moda urbana deve-se ao foco das coleções primavera-verão 2009 no mundo latino. "Houve um clima de rumba no ar em quase todos os desfiles internacionais, e no Brasil não poderia ter sido diferente", esclarece.
"Outro ponto importante é que os jovens já estão sintonizados com essa tendência sul-americana e espanhola há alguns anos: os cabelos estão mais compridos e mais ousados no quesito cores e tonalidades", avalia.
Fonte: Folha de São Paulo, 04 de agosto de 2008.
2 comentários:
bigode? ainda sou CONTRA
Colocando aqui a resposta que te dei no twitter: Até acho que os bigodes sejam interessantes... Ás vezes até funciona. O professor Girafales e os Beatles que o digam.
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