quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A ou B?

Você decide o título:

A - Da mesa de criação ao quarto do Bordel: o Case de sucesso da Campanha da Casa da Mãe Joana (2008)

ou

B - Como a Engenharia se vendeu pelo dinheiro e estragou uma festa legal


Sugiro que você vá à Festa sexta-feira para se decidir. Informações no Guia BH (http://www.guiabh.com.br/agitos/detalhenovo.asp?evento=13461) ou pelo telefone 8875-1694



E eu fiquei realmente encucado com a história da calcinha (no post anterior). Seria uma brincadeira de mal gosto com alguém que perdeu uma calcinha? (Quem perde uma calcinha já sofreu o suficiente e não devia ser escrachada/o ou, pelo contrário, realmente devia ser exposta/o?).

Acabei ligando para o número que estava no papel. Obviamente ninguém atendeu mas depois de algum tempo recebi uma mensagem de volta:

"Você ligou para a Casa da Mãe Joana. No momento, todas as nossas atendentes estão de boca cheia (...)"

Uma piadinha... a Comissão explica: "A gente decidiu que a musa ou o muso dessa edição da festa a fantasia seria uma surpresa. Por isso, resolvemos focar no lugar, A Casa, para não precisar falar de cara quem é o nosso homenageado"

A divulgação deles, então, começou muito antes do que os cartazes que apareceram na Fafich somente semana passada. Mas, será que é um problema que poucas pessoas entenderam? "Deu um certo trabalho porque a gente colocava os cartazes e as pessoas tiravam. Mas acho que as pessoas sacaram quando viram as calcinhas das fotos dos cartazes..."


Engenharia mostra suas calcinhas. Será que eles são?


Mas peraí... Na minha cabeça uma coisa já estava certa: Turma da Engenharia = muitos homens = vamos brincar com esse estigma porque, afinal, a gente está num curso de graduação e podemos inventar sem as amarras do mercado!

Fica a frase do Flash que me mandaram essa semana:
"Sabe como descobri que a festa a fantasia sexual era da 'Engenharia'?Só tinha homens vendendo ingressos!"

Eles explicam que o nome "Orgia da Engenharia" foi seriamente cogitado, mas descartado porque quebrava a associação da festa com o Curso de Comunicação. "Todos da Comunicação já sabem quem a gente é, mas todos os outros não entenderiam e não fariam a associação com a tradicional festa". E, obviamente, a Comissão não queria perder as dezenas de ingressos que são vendidos para outros cursos, inclusive, irônicamente, os cursos da Escola de Engenharia.

Não sei não. Não me convenceu: a festa já teve péssimas edições com bons nomes e boas edições com nomes regulares. Não acredito nessa correlação.

Mas, me explica melhor, então, como surgiu esse negócio de Casa da Mãe Joana e de calcinha?


Alguém viu o Patinho? Vai ter piscina na Villa?


A idéia da Comissão foi trabalhar um personagem, um colecionador de calcinhas que, no caso, pode ser homem ou mulher. A idéia do marketing viral (a peça da calcinha perdida [desculpa o trocadilho]) veio logo em seguida. Foi a primeira parte da divulgação, para despertar a curiosidade e instigar as pessoas.

Para a segunda parte, os últimos quinze dias, o Orkut foi o meio mais utilizado. O perfil criado para a "Mãe" iria apresentar os cartazes, fotos das garotas da Casa (Gretchen, Paris Hilton, Mulher Melancia, Kelly Key, Sandy (?), Hilda Furacão e Britney Spears ) e salpicar tópicos de conversa em diversas comunidades da UFMG, primeiro, instigando as pessoas a pensarem suas fantasias e, depois, iniciando um bolão para saber quem é a/o homenageado. Além disso a "Mãe" mandou diversos recados com os cartazes e o vídeo.

Ah! Teve o negócio do vídeo também, né? "Algumas pessoas acharam que o vídeo era um vírus". Mas no final, deu tudo certo. Os tópicos criados foram bem comentados e as pessoas se entusiasmaram (pelo menos virtualmente) com a provocação. E o vídeo é até bem interessante. Assista aqui, se ainda não viu:


E alguém disse que vídeo arte não era legal!


Tudo muito bonito, tudo muito bem explicado mas e qual é a novidade?

A estratégia de mobilização aqui foi simples e, por isso mesmo, super eficaz. A Comissão criou uma parceria com o site Guia BH, que é o maior site de eventos da cidade. Uma festa como essa não deveria deixar de estar entre os eventos de lá, deveria?

Acho uma pena que a Comissão de Formatura tenha em diversos momentos optado pelo caminho mais convencional e deixado de aproveitar uma oportunidade boa para testar os limites do conhecimento que adquiriu aqui (ou mesmo fora daqui!).

Nada "contra", mas acho que escolher ser Joana para marcar que é da Comunicação e, ao mesmo tempo, fazer uma divulgação por Orkut, que tem vantagens mas um alcance bastante discutível (que o Rafa não me veja!) além de ser um lugar onde a discussão de privacidade e do uso de perfis para a divulgação tem virado para o lado do: "não, muito obrigado" é muito estranho. É até paradoxal escolher não ser "Orgia da Engenharia" para que seja mais óbvia a relação com um curso, que os conhece por este nome. Na minha cabeça, isso é dizer: "Beleza, mas vocês não enchem o nosso bolso. Preferimos o dinheiro da Engenharia!"

De acordo com a Ombuds, "Orgia da Engenharia" seria até coerente, não só com a turma da comunicação como também com a maioria as pessoas que ultimamente andam frequentando a festa.

Por agora, as pessoas agora sabem que cada turma da Comunicação tem um nome... e uma personalidade!

E acho ainda que a Casa Verde deveria desencanar desse negócio de repetir Casa no nome da festa do semestre que vem. Quer saber? Porque a gente tem que fazer tudo como num Manual (leiaantesdesairdecasa.com.br, dica do Bruno Costoli)? Às vezes, não perder a piada é o que realmente importa!


Bem, só indo para ver mesmo... Te encontro lá!


4 comentários:

marigarcia disse...

Pena que não vou poder decidir entre o título A e B. Afinal, preciso exercer meus direitos lá em Santa Maria do Suaçuí.

editor disse...

rá! aí eu tenho a ajuda da ponte aérea BH-São João del Rei, especialmente criada para o Aécio ir visitar os avós!

PS: é difícil ter múltiplas identidades... repito o comentário que fiz sob outro nome

Unknown disse...

até a fila tava cheia... e como! duas horas sofridas...

Vinicius disse...

dentro ou fora, gabriela?