terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Com ou sem política (ou, como e por onde você andava?)

Você deve ter percebido ou até participado. Nos dias 5,6,7 de dezembro ocorreu o II Compolítica. O Congresso de pesquisadores na área DE Comunicação e Política, organizado pela associação que leva o mesmo nome e é atualmente presidida pelo professor Wilson Gomes (UFBA) e tem na vice-presidência a professora e chefe do departamento de Comunicação Social da UFMG, Rousiley Maia, trouxe muito mais do que duzentas pessoas circulando pela Fafich.
Além dos 110 trabalhos apresentados, dos GTs, das sessões de comunicação, dos deliciosos coffee break e da bibliografia do curso que andava (!) pelos corredores, o congresso foi um bom momento de aprendizado. Até para quem nem pisou no hall do 3º andar neste dias. Não acha? É só parar para pensar.

É fato que sou uma pessoa suspeita para falar do assunto. Gosto das discussões dessa área da comunicação, e aí o aprendizado é óbvio. Sobram debates sobre accountability, enquadramentos, influência da mídia e companhia, ainda mais quando se tem a própria companhia de professores como Mauro Porto, Wilson Gomes, Maria Helena Weber, Fernando Lattman e Afonso de Albuquerque (para quem não lembra, aquele, do texto da Carmem sobre o quatro poder).
Já para aqueles que subiram e desceram escadas, correram atrás de água e ainda escutaram reclamações bestas de alguns participantes do Compolítica, ele já não parece tão divertido. Quem tinha a mesma sensação era os desesperados com a entrega de trabalhos finais e que na correria só percebia como a Fafich estava mais cheia. Para outros, o Compolítica não mudou nada em sua vida ou só trouxe mais sabor com os coffee break (e os penetras?). Entremeados no Gris, no Labmídia ou na Cria ou afins, havia mais coisas “interessantes” a se fazer. E se para outros nem essas coisas existiam, o jeito era organizar os butecos de final de ano da sala, do estágio ou arrumar as malas para voltar para roça.

É como se para cada um acontecesse um tempo diferente. E de tal forma, aprendizados diferentes. É uma questão de opção, de maturidade, de prioridades. Cada um faz seu caminho, seus trabalhos, seus congressos. E isso mostra que aprendizados - sejam de si próprio, sejam do curso - acontece de formas, tempo e intensidades distintos. Filosófico (ou barango) não? Pois é, acho que mesmo sem a presença do Bohman me empolguei no primeiro congresso que participo. Bom, motivação é um elemento importante para o aprender. Afinal (vamos lá...) “ o engajamento ajuda a promover a luta por reconhecimento de interesses organizados”.

O Compolítica pode ser uma prova de que discussões da esfera privada influenciam a esfera pública, e ressaltam a importância do poder comunicativo que ajuda a construir um conceito de sociabilidade. Bom deixa pra lá... Não sei se dei uma “visibilidade” equivocada ao assunto ou se falei alguma besteira. Ainda bem que o editor desse blog entende bem do assunto.

Se quiser, você também pode deliberar por aqui...

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